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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

O Cara














Já faz uma cara

Um cara pintada
Com a cara e a coragem
No mundo mete as caras
Tirando de ser o cara

Se botando o cara
A viagem encara
Toma na cara
( Cara de poucos amigos )
E da de cara com O Cara

Fugindo de Cantar

 




















Fugindo de cantar
Só ando por ai a tropeçar
Eu não sei parar
Nem me entregar

Mas vou retomar a reta
Da estrada certa
Por onde o desejo seguiu

Vou considerar meus sentimentos
Fluindo em pensamentos
As emoções que sentiu

Fugindo de cantar
Só ando por ai a tropeçar
Eu não sei parar
Nem me entregar

Vou retomar meu senso
Mais coerente com o que penso
E vicio, só o de cantar

Já me anunciei o bastante
O fim,cada vez menos distante
Eh hora de fugir ou encarar

Fugindo de cantar
Só ando por ai a tropeçar
Eu não sei parar
Nem me entregar

Vou parar com as loucuras
Que vivo a aprontar
Fugindo de cantar

Já estou cheio das agruras
Que fazem minha alma penar
Fugindo de cantar

Solar sobre o Mar

 

















Na ilha Mata do Sol

Eh agitado o mar
Perigoso que só
Mas nego mergulha, contudo
O vento adoidado a soprar
A onda bate com tudo

Solar só entra nesse mar
Com sua prancha de surfar
Sobre essas águas vive a buscar
Ondas que até a praia vão lhe levar

Solar entra no mar a deslizar
De brucos na prancha, a remar
Vai mais alem uma onda buscar
Pra até a praia sobre sobre ela surfar

vestigiosdaluz.blogspot.com

Voltando a Feliz Cantar

















Agora que ja me consolei
Do mal que me fez chorar
Com essa luz em meu viver
Feliz volto a cantar

Mas tambem muito aprendi
E vou dizendo por aqui

A armacao eh toda bem armada
Festa, turma, amigo, namorada
O maneh nunca sabe de nada
E ateh saber vai dar muita paletada

Eh tudo ilusao pura
E quando desencanta a criatura
O surto pode levar aa loucura
Explode a bolha da fissura

O mundo me fez assustado
Como o boi da farra, acuado
Socialmente traumatizado
Por bullying de endiabrados

Longe no mundo a cantar
O mal com ira veio me atacar
Eu me senti, me calei
Agora que ja tudo chorei
Feliz, volto a cantar
Pra todo mundo escutar

Essa felicidade nao eh pra aperriar
Infelizes, tem que respeitar
Mas bem que deve algo frustrar
Quem me esperava chegar a chorar

Sonhava como o Raul, cantar
Alegre e feliz no seu oficio
Mas eh dificil a mosca se tornar
Pousar na sopa eh ainda mais dificil
Caminho mais facil eu entao busquei
Depois das varias quedas que levei

Ja cansei de tudo e o que mais ocorrer
Nesse mundo tentar entender
O que ja sei me bastou
Coracao voou

Um Sonho Crescendo Ja na Luz

 























A vida eh bela, uma maravilha
E tendo no universo matutado
Concluo que so um ser superior
Pode ter tudo aprontado

Esse planeta, um paraiso
A natureza, na medida, demais
Sustenta bem nosso viver
So nao sabemos desfrutar em paz

Da minha parte
Sendo assim, sou grato
De fazer parte disso
Excelsa experiencia de fato

A vida eh bela, uma maravilha
Mas tambem pode vir coisa ruim
Dependendo da direcao que tomar
Pode encontrar ateh o fim

Pra mim mesmo veio ventania
Daquela de derrubar no chao
De fazer se perder num breu
Procurando a luz na escuridao

Pra mim mesmo veio som de pirar
Que so se pensa fazer um também
Pra mim veio traumatica desilusao
Obsessao de se dar bem

Mas o que eu nao sabia
Eh que depois de ja passado no mundo
Tanta situacao de perigo
Dragao, feiticeira, morimbundos

Oncas, lobisomens, Saci, diabinhos
O vampiro e outros bichos tais
Teria ainda bem pior a encarar
Uma entidade poderosa, nefasta demais

Dificil de vencer, dura, como a pedra
Num meu caminho de procura pintou
E entao topei seu desafio
E logo seu jato quente de fumaca mandou

Paralisou, hipnitizou, teleguiou
Dominou a golpear no coracao
Eu tenho um sonho pelo qual tenho dado
Da propria carne, mas todo eu, inda nao

Eu tenho um sonho dentro em mim
Ja crescendo na luz mais reluzente
E se agigantando indefinidamente
Vai eliminando o que atravanca pela frente

***********************

Jesus atraves da Musica Pop:
http://vestigiosdaluz.blogspot.com

Seu Sonho











Seu sonho é seu motor
Esta em sua alma, seu amor
Em voce esta entranhado
Na mente e no coracao fixado

Foi pelo sonho
Que voce se aventurou
Em estradas por ai se jogou
Quando em trevas a vida foi tornar
Caido no abismo estelar
Buscando seu sentimento brilhar

O sonho eh o seu motor
Esta em sua alma, seu amor
Em voce esta entranhado
Na mente e no coracao fixado

Eh pelo sonho
Que o desejo se renova em voce
Que o encaminha pela vida a crescer
Que se chega aa luz luminar
Revelacao de libertar
A forca a reforcar





segunda-feira, 25 de abril de 2022

Os Protetores da Floresta Contra os Malvados Destruidores















I - Os Protetores da Floresta Planejam Como Expulsar os Malvados Destruidores

Uma horda de homens muito maus e perversos
causavam à Floresta Amazônica males diversos.
Assim, a floresta eles passaram a destruir!
E Curupira, protetor da matas e das caças,
não podia mais aturar tamanha desgraça;
e foi assim que para os tais malditos banir,
convocou as entidades das matas para uma reunião,
pois que se fazia necessário e urgente uma solução
e era preciso agora de todos a união
para livrar a floresta daquela maldição.
E todos atenderam a convocação sem demora;
que se tomasse uma atitude, já passava da hora;
para acabar com a ameaça de extinção da floresta;
carecia de proteção o reino em que todos ali viviam.
E expondo a situação a todos quanto ali lhe ouviam,
Curupira, com seu corpo peludo e um olho na testa,
relatava a todos porque a floresta estava em agonia:
a vida na floresta estava sendo dizimada noite e dia;
a natureza estava a sofrer, a clamar por sobrevivência;
índios, animais e matas, assassinados sem clemência…
E a todos eles ali reunidos, muito interessados,
Curupira falou da dor que floresta tem passado:
estão incendiando a mata, esses homens daninhos;
árvores milenares, os desalmados estão a derrubar;
as aves acabarão ficando sem ter mais onde pousar,
e muito menos poderão nelas fazerem seus ninhos;
os animais na floresta já não podem ficar;
muitos já tem morrido assim a se queimar.
É muito triste tudo isso que está agora acontecendo:
a floresta sendo incendiada e seus bichos morrendo.
E crueldades mais estão fazendo os malvados:
o chão da floresta está sendo todo escavacado
por esses endemoniados, em busca de minerais;
grande mal o garimpo assassino vai causando:
venenos nas terras e nos rios estão lançando,
causando à floresta estragos, avarias demais…
Não podemos, deste modo, ficar sem nada a fazer;
os peixes dos rios, envenenados, estão a morrer
os índios, dessas águas estão bebendo,
acabam também adoecendo e morrendo…
Outros desgraçados outros males estão causando:
os animais da floresta estão aos montes retirando,
fazendo tráfico dessas pobres criaturas,
condenando esses bichos à extinção;
e não aceitaremos tais maldades, não,
e a floresta sofrendo esta desventura.
Os índios têm contra os facínoras lutado,
e muitos índios então eles já têm matado…
Por isso convoquei vocês para algo podermos fazer
e preciso ouvir agora o que é que vocês tem a dizer.
A Caipora falou primeiro, e estava pra lá de indignada;
disse que toda aquela maldade tinha de ser revidada!
Em sua pequena estatura de índia duende,
com seu corpo e cabelos e avermelhados,
disse que a defender a floresta todos eram obrigados;
morte a todos aqueles que a sagrada floresta ofende;
que os animais não podiam mais com aquela agonia
e que se tomasse uma providência no momento urgia;
e os malfeitores pagariam pelo mal que já causaram!
E todos com a sua fala assentiram, e muito vibraram.
Logo em seguida foi a Cuca quem se manifestou,
e muito revoltada com a situação ela se mostrou:
a velha bruxa com cabeça de jacaré
disse que não podiam aquilo aceitar;
que a floresta pedia socorro a agonizar
e que tava ali agora para o que der e vier;
que ia botar aqueles sinistros pra correr;
que amargamente eles iriam se arrepender
de terem botado os pés sujos na floresta,
iam ser punidos, e de forma bem funesta,
e que mereciam boas lições aqueles malvados!
E todos concordaram com altos urros e brados.
O Saci tava revoltado com aquela sacanagem
e disse que aprontaria merecidas traquinagens
para debandar encarreirados tais invasores vilões.
Todo pretinho, descalço e pulando na sua perna só,
disse que os facínoras mereciam sofrimento sem dó;
que já era mesmo hora de mostrar àqueles vacilões
que a floresta tem os seus aguerridos protetores
e que aqueles condenados iriam pagar com dores.
Com seu gorrinho vermelho e cachimbo na boca,
garantiu que a dor dos bandidos não seria pouca.
A Mula Sem Cabeça toda irada, incontida, bradava,
e o fogo que era a sua cabeça mais se avolumava,
e falava que a floresta morria por tamanhas agressões
e em seu corpo de porte volumoso, de burrinha marrom,
jurava que para aqueles canalhas não ia ser nada bom
e que aqueles malfeitores mereciam severas punições
pelos males que estavam à sagrada floresta causando
e que as batatas desses diabos já estavam era assando;
que jamais queria estar na pele daqueles bandidos…
E todos ali lhe fizeram coro com um grande alarido.
O Boitatá muito irritado começou a se pronunciar,
dizendo que tal situação não se podia mais tolerar
e que toda aquela maldição tinha já que ter um fim.
Com o seu formato de cobra, e com fogo a expelir
de seu vários olhos ao longo do seu corpo a reluzir,
disse que a sagrada floresta não sobreviveria assim
e que pro inferno donde jamais deveriam ter saído
iriam ter que voltar aqueles tais demônios, banidos;
que a floresta não merecia jamais tal sofrimento
e aqueles canalhas iriam ter o seu merecimento!
Então foi a vez de Iara dar o seu pronunciamento:
disse estar triste por a floresta passar tal tormento
e que era necessário que todos ali entrassem em ação;
que a floresta já havia tido perdas e sofrimentos demais,
tanto de árvores, como dos rios e também dos animais
e não se podia desta forma tolerar tal maldade mais não.
Meio peixe, meio mulher, tão linda e sedutora,
não via a hora de agir contra a horda invasora;
com o seu cabelo verde, florido e voz tão bela…
Todos apoiaram sua fala, sentindo firmeza nela.
E quando da sua vez, o Boto Cor-de-Rosa falou
e disse estar muito revoltado com aquele horror
que era necessário salvar a floresta da maldição
que aquele bando de malditos iriam assim saber
em que roubada fé que foi então se meter
e que a floresta se fortalecia com a união.
Por momentos o Boto tirava o chapéu ao falar
e o buraco sobre sua cabeça se podia avistar;
disse que os desgraçados não iam ficar de boa
e iam ver com quantos paus se faz uma canoa!
Então foi a vez do Mapinguari se manifestar;
que os canalhas não perderiam por esperar;
e que seus guardiões de poderes tem a floresta
para a harmonia divina das matas poder manter
e que todos ali juntos deveriam a sua parte fazer
pra punir severamente essa gente que não presta.
O corpo coberto de pelos, e mãos de afiadas garras
na barriga, em vez do umbigo, assustadora bocarra,
e gritou alto: morte aos facínoras destruidores!
E todos o acompanharam com bravos rumores.
E por fim foi a Cobra Boiuna, revoltada a falar,
dizendo já ter passado a hora daquilo acabar
e aqueles que vieram a floresta destruir
tinham que ter o seu castigo merecido.
Boiuna falava alto, e muito aborrecido,
que era hora daqueles malvados punir;
que iam ver com quem estavam se metendo,
disse a cobra escura, de tamanho tremendo
e todos a salvaram, sentindo força na união;
e logo começaram a traçar os planos de ação.

II - Os Protetores da Floresta Põem em Ação Seus Planos Contra os Malvados Destruidores
Estavam lá destruindo a floresta os malvados;
tudo ali estava em torno feio, muito devastado:
uma enorme extensão de área nefastamente desmatada;
era a floresta em barro, poeira e lama, era uma triste cena
de árvores derrubadas; só os tocos gigantes às centenas
e também ali grandes partes daquelas matas incendiadas.
Ali já não podia mais a onça caçar, a cobra rastejar;
ali já não podia a arara fazer seu ninho, e nem voar;
os macacos pular de galho em galho ali já não podiam
e os maléficos ainda mais e mais as matas destruíam.
Mas os guardiões das matas, seus valentes protetores
já estavam agindo contra os desgraçados destruidores
e já pondo em ação tudo o que houveram planejado;
o Saci então já houvera visitado seus acampamentos
e já tinha aprontado umas segundo seus merecimentos;
e logo pela manhã, ao escovar os dentes, os malvados
sentiram na boca ardência pior do que a pior pimenta;
era uma tal ardência daquelas que ninguém aguenta,
e chiavam de dor e começaram a uns aos outros culpar
e aos bofetões uns contra os outros passaram a brigar…
Horas depois, a ardência passou e as bocas desincharam
mas o café estava com gosto tão ruim que não tomaram,
o pão estava uma porcaria, todo mofado e o leite azedado;
e bem mais traquinagens tinha aprontado por ali o Saci…
Culpando uns aos outros acabaram brigando ali entre si;
ficaram com fome e com hematomas dos socos trocados,
ainda assim os malvados foram mais árvores cortar,
mas quando ligaram a motosserra, deu de sacolejar,
não dava pra segurá-la e uns altos pipocos soltava
e assim caiu no chão, que ninguém mais controlava…
E assim a moto serra saiu se rastejando pelo chão
e os malvados dela fugindo, saíram pulando então
e pulando iam caindo e com a cara no chão iam dando
e por fim a motosserra deu foi um grande pipoco final
e deu de soltar uma fumaça preta que não era normal
e os malvados assustados uns aos outros se olhando
e logo então recomeçaram a uns aos outros culpar
e assim foi que de novo passaram a se esbofetear,
mas depois resolveram se aliviar no garrafão de cachaça
e logo cuspiram com agonia, a bebida tava uma desgraça.
A cachaça, queimando bem pior do que gasolina estava
e o bando de malvados com a boca em ardência gritava,
correram pro tonel d’água para as bocas poderem lavar.
E eles já não tinham mais muito o que fazer então
e decidiram ligar para contar para o chefe a situação
- o chefe, o que mandou aqueles pra mata degradar-
e o chefe respondeu que um avião já estava mandando
com combustível, motosserras e comida, logo chegando,
que era pra bem mais árvores derrubar, matas incendiar…
E assim, ficaram ali os malvados pelo avião a esperar…
A Curupira e o Saci estavam por ali muito se alegrando
com os perrengues que os malvados estavam passando
pelas traquinagens que o Saci tinha pra eles preparado
e resolveram convocar a Cuca para uma arte aprontar,
recepcionando o avião que já estava para chegar;
e os malvados esperando, ansiosos, agoniados,
sem poder tomar café, sem cachaça poder beber,
famintos, resolveram ir seu feijão com arroz comer,
mas o feijão com arroz estava era cheio de morotó
a carne tava apodrecida; ficaram com uma fome pior…
E no acampamento onde o criminoso garimpo estava,
outro bando de malvados também perrengues passava:
o Saci tinha aprontado a mesma arte nos seus mantimentos,
na pasta de dente, café com pão, cachaça, arroz com feijão;
ficaram de boca ardendo, com fome, naquela aperreação;
e também brigaram entre si, tinham hematomas e ferimentos,
uns aos outros se acusando de terem aprontado sacanagens:
as máquinas dando pipocos, estourando as engrenagens,
e andaram sozinhos os tratores, perseguindo os capetas
e por fim, dando um pipoco forte, soltando fumaça preta.
E ficaram também cheios de ódio esses malvados;
por esses tais acontecimentos, ficaram aperreados
e resolveram ligar para o seu chefe, o miseravão
-o que os mandaram para a floresta escavacar
os rios envenenar, os peixes e índios a matar-
e o chefe disse que tinha já ouvido tal situação:
no outro acampamento teve também uns horrores
e tinha mandado um avião pros outros destruidores,
e que ia chegar pra descobrir o que tava acontecendo;
que logo logo num helicóptero já estaria aparecendo.
E lá no acampamento dos derrubadores de árvores malvados
o avião com a comida, motosserras e combustível esperado
estava chegando; e a Cuca, velha bruxa, também esperava
e se transformou em uma enorme borboleta negra e voou
e com as enormes asas abertas na frente do para-brisa ficou.
O piloto ficou sem visão da pista de pouso e se desesperava;
os olhos esbugalhados de medo daquela horrenda criatura
e acabou perdendo o controle do avião, foi perdendo altura
e o avião de bico num pântano ali próximo se enterrou ao cair
e o malvado piloto, levou pro fundo do rio uma enorme sucuri.
Então apareceu enorme cobra com corpo de fogo a exalar
e foi tocando fogo em tudo por ali, era o temido do Boitatá
incendiando as barracas o acampamento dos malvados,
camas, roupas, até o avião, Boitatá tudo foi incendiando.
E os malvados correram assustados, pra mata se debandando
aí deram de cara com a Mula Sem Cabeça, ficaram apavorados
se borrando de medo seguiram tomando outro rumo então
aí deram de frente com o Mapinguari no meio da escuridão
e os malvados aterrorizados, cada qual prum lado correndo
e no meio das matas de onças famintas foram se perdendo.
O acampamento do derrubadores de árvores estava destruído,
porém barcas carregadas de troncos haviam pelo rio já saído;
navegavam, carregando centenas de árvores assassinadas
e os malvados gananciosos com a venda delas já contavam,
mas mal sabiam aqueles miseráveis o que lhes esperavam:
Boto Cor-de-rosa sabotou os motores; as barcas ficaram paradas
e aí Boiuna então chegou, com força, as embarcações a levantar,
logo aquelas toras de madeira já estavam no rio a boiar
e a Boiúna os barcos dos malvados aí então afundou
e um bocado de jacarés os malvados pelo rio arrastou.
E lá no acampamento dos malvados garimpeiros estava a chegar
o tal líder dos destruidores da floresta em um helicóptero militar
e a Cuca na enorme borboleta negra se transformou
e apareceu na frente do piloto, que ficou estupefato
com aquela figura tenebrosa, bem medonha de fato
e perdendo o controle, o helicóptero rodou, rodou
e o líder da destruição da floresta de paraquedas já pulava
e o helicóptero ainda sem controle rodava, rodava, rodava
e no alto duma árvore gigante foi que acabou dependurado
e uma faminta onça foi lá pegar o piloto do grande malvado.
E o líder dos destruidores em solo se livrou do pára-quedas
e foi em direção ao garimpo criminoso que a floresta depreda
e no no caminho viu no rio uma mulher maravilhosa
que lhe convidou com voz sedutora a com ela nadar
e ele todo se achando jogou-se no rio a mergulhar;
ela então perguntou-lhe o nome, a voz bem carinhosa
-Jaimes Bozoengo - ele respondeu, e todo se achando
e Iara pro meio do rio foi o miseravão levando
e de repente, ela firme pelo pescoço lhe agarrou
e pro fundo do rio levou e nunca mais que voltou.
E então foi a vez do acampamento do garimpeiros queimar
quando também apareceu por lá furioso o terrível Boitatá
e saiu as barracas e maquinários dos malvados incendiando
e eles com aquela serpente de fogo ficaram bem apavorados
e um após o outro foram entrando pro meio da mata, avexados,
mas a Mula Sem Cabeça já os estava mais à frente esperando
e quando de frente com a aquela figura horrenda se depararam
horrorizados então, logo um outro rumo os malvados tomaram
e aí deram então de cara com o monstruoso Manguapari
e estatelados fugiram um pra cada lado entre as onças ali.
Outros malvados estavam na mata a animais aprisionar
para levá-los da floresta, seu lar, para os comercializar
Caipora então apareceu soltando uivos assustadores
e fugindo temerosos, acabaram pelos pés pendurados
em armadilhas que o Caipora já tinha pra eles armado
para os desalmados pararem de praticar seus horrores
àqueles animais todos em pequenas gaiolas oprimidos,
pelos maus tratos muitos adoecidos e outros já morrido;
papagaios, araras, micos, iguanas e tantos outros animais
Caipora os soltou à liberdade da mata; cativeiro não mais.
III - E Enfim a Paz Reinou na Floresta.
E enfim a paz e a harmonia à floresta sagrada voltou
as Entidades Sagradas daqueles malvados livrou
pondo de vez um fim a toda aquela agonia e sofrimento
as matas sendo devastadas, a bicharada assassinada
seu chão todo sendo escavacado, suas águas envenenadas
seus protetores a livraram de tal tormento
e a floresta voltou a viver tempos de paz
a floresta, dos índios, das matas, dos bichos acolhedora
reino da Curupira, da Caipora, e outras entidades protetoras.