A vida rolava empolgante e promissora;
movimento vibratório em expansão;
um voo na rota da liberdade,
até a praia da felicidade.
Ia célere ao porvir esboçado,
pela história de amor de final feliz.
Mas o circo se desmanchou:
alguém fincou uma cruz ali...
O palhaço enlouqueceu;
e a perturbação azoadora da cidade
convergiu-se para seu mundo em achincalhes,
e lhe encheu atazanante o astral.
E então era agora uma
prisão sob tortura...
Dias pesados , transbordantes
de tédio ácido e sufocante;
dias cinzentos , carregados;
e ainda dramas e medo dum trágico sucedimento,
entremeados de torpes
curtições , camaradas , copos e tragos...
consumindo-se em poluições tóxicas ; minando a força;
se matando pelo seu sofrimento;
experimentando agonias de fundo de poço;
inconsciente do campo esquizóidico...
E chorou berrou o macho em queda,
como um fracassado a lastimar sua derrota;
como um tolo lamentar sua estupidez...
E um vazio dilacerante e angustiante
a lhe rondar ...
Mas a natureza em seus prodígios,
fez-se num ânimo manifestado em si,
e pontiagudos raios estelares lhe atingiam
e lhe inflamavam o desejo em brilho
n’um recomeço constante...
A sua utopia resplandecente se fizera tão distante,
no fim de longa trilha de caminhar ,
e prolongada em mais e mais,
na aventura de
alcançar sua ventura...
E seriam idas e vindas
até a rosa dos ventos,
da direção certa a se tomar,
do lugar exato a se chegar,
o seu encalço...
E a alma pra revelar...
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