Quem sabe de Ernesto intenso a se anunciar
Fazer e acontecer em projeção; causar
No astral cintilante de belezas
Quem sabe de Ernesto firme a se garantir
Na sua sonhada festa chegar
Fica o semblante de Ernesto a imaginar
Em seus sorrisos e seus choros
E fica mesmo a aguardar Ernesto em estouro
Com uma certa ideia da sua performance atitude
Pelos seus ensaios em público ao ar livre
Soltando seu vozeirão
a reverberar nos paredões
E ainda arranhando lá um violão
Dá como certa na onda sua eclosão
Cogitando até como será que se atura
Em relação à amargura
Mas era tudo chinfra
Era tudo blefe
Ernesto prossegue aquietado
Do desejo obsessivo Curado
Gosta mesmo é de sua rede
Na sua arejada varanda se embalançando
Histórias e sentimentos
Dos passarinhos escutando
E vai assim relembrando
Passagens do seu tempo
Lances fabulosos
Lances cabulosos
Amores, festas, viagens
Tropeços, cabeçadas, porradas
E se conforta que podia ser pior
E ouvindo os passarinhos relembra
Os perigos que passou
As pontes em ventanias
Que sobre o abismo atravessou
A Luz que desvendou
Ernesto mudou seu rumo
Só na rede a se balouçar
Acompanhando a vida a seguir
Conquistando amizades
E francas curtições
Se entretém no universo
Virtual
Ernesto deixa os cantos
Aos passarinhos tão expressivos
Na sua rede a pendulear
E se amarra mesmo numa boa prosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário