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quinta-feira, 5 de maio de 2016

CLARIDADE














Do curso a certa altura
Acumulado de cultura
Dei  de absorto cismar
Ousando questionar
Desentendido já da vida
Pelo que dela aprendida
Se fazendo descabido
Pensando refletido
Dando conta na mente
D’uns algo deficientes
De desconexos no ditado
Em conceitos assentados
Conta que fecha não
Coisa que bate não
Lógica incompleta
Se bem se interpreta
Até acabrunhado
Pelo em que confiado
Ser então dissimulado
Se tendo evidenciado
Um algo impossível
E assim não crível
Como Deus falhar
No ato da criatura criar
À Sua imagem de Criador
E ser um pecador
A razão sem conciliar
Com isso sem se dar
E se pode vaticinar
Como malograr ?
Então viria mais
De mais a mais
Da fé a não suspeitar
Seu tanto se dedicar
A confeccionar
Cada coisa, cada animal
A linda zebra que se apavora
O leão que faminto lhe devora
A lagartixa , o calango , o crocodilo
Semelhantes em seu estilo
A barata, o carrapato, a lacraia
E mais tantos dessa laia
A formiga, o marimbondo , o escorpião
E tantos mais de odioso ferrão
A bactéria , o vírus, o piolho
Que se mostram ou não ao olho
O homem e a mulher de sua costela
A serpente e uma tentação daquela
O macaco para o homem intrigar
Como se para lhe caricaturar
Esse tanto para se dar
De Deus assim a significar
Me inclinava a desacreditar
Mas o universo a fulgurar
Deus tinha de criar

Era processo de maturidade
Perscrutar a realidade
Do mundo e da divindade
Buscava a claridade
Que foi me tomando a consciência
Que pela Sua causadora inteligência
Originária de tudo então
Contido naquela explosão
Que de Deus a perfeição
Está que em sua criação
No âmago da projeção
Move a dinâmica da evolução







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